sexta-feira, 16 de novembro de 2007

...E fez-se a greve

E de repente a França parou. Não foi tão de repente assim, nem parou tanto assim, mas jà faz alguns dias que a palavra "greve" està em todos os cantos e todas as bocas. Não importa se é aquela dos transportes em comum, que atinge todas as linhas de metrô, menos a 14, que é automàtica. Atinge os ônibus também. E os trens. E os trens de periferia. Essa, sem duvida, a greve que atinge o maior numero de pessoas, virou o assunto da semana. Quanto tempo ainda vai durar? Ninguém sabe. O motivo? Sr. Sarkozy quer suprimir alguns beneficios (considerados por alguns um privilégio) dos funcionarios de transporte, aumentando, por exemplo, o numero de anos que eles têm que trabalhar antes de poderem se aposentar.
Mas essa não é a unica greve. Tem aquela das universidades que, ao contràrio do Brasil, temem a tal da autonomia. Engraçado que no Brasil, reitorias foram ocupadas para preservar a tal autonomia. Aqui, as pessoas vão às ruas contra essa idéia, pois temem que com a liberdade que cada faculdade terà de arrecadar seus proprios fundos, elas passem a cobrar mais de seus alunos, além de muitos outros problemas.
A autonomia na França se refere mais ao campo econômico, enquanto no Brasil era mais politico. Como minha universidade é jà autônoma, não estou muito por dentro dessa greve. Não conheço bem os detalhes, ao contràrio da outra, que me afeta diariamente e fez-me aventurar às 8 horas da manhã de bicicleta pelas ruas de Paris, quando os termômetros marcavam 1 grau e eu tinha acabado de ser expulsa por uma onda humana na parada Chatêlet, uma espécie de Sé do metrô parisiense. Isso depois de esperar por 20 minutos na estação em vão, jà que todos os vagões circulavam no limite do fisicamente possivel (não, dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço, isso pudemos verificar)...
Aliadas a todas essas, tem uma greve do pessoal que trabalha no serviço de energia (não sei quais são as consequências). Dia 20, todas essas categorias se juntarão para fazer a greve da servidoria publica. Enquanto isso, Sarkozy continua liberando enfermeiras bulgaras, "idealistas" franceses no Tchad e otras cositas mas.
E enquanto não temos uma resposta, minha batata da perna vai engrossando tanto que daqui a pouco não cabe mais na bota de cano alto. E um dia meu nariz ainda cai, pois sim, ao menos està previsto, deve nevar neste domingo!!!!

5 comentários:

cskos disse...

Hahah, sei lá eu. Eu vou escrevendo.

E nem sabia que eu falo daquele jeito. Aliás, eu falo daquele jeito?

Quanto à sua greve: bicicleta a 1 grau? Céus. Haja força de vontade. Acho que eu ficaria com o cobertor.

E enquanto você está aí, alimentando-se de "petit-fours de escargot" (mal sei o que é isso), eu subsisto com pizza e lanche do Burdog. A dieta dos campeões.

Anônimo disse...

Também não é que me alimento de petit four de escargot. Era um presente que tinha comprado para levar para o meu pai e minha irmã em Madrid. E lanche do Burdog é uma delicia!!nham!

Anônimo disse...

Tá certo que a vida não ficou fácil assim, mas duas coisas nessa história me encantam: Paris com suas bicicletas e as greves que realmente dão certo e param tudo.
Beijão!
Iberê
PS: Ontem assisti Ratatouille e me deu uma vontade tão grande de lhe fazer uma visita... ;-)

Dea disse...

Interessante que "greve" devera ser um assunto tao recorrente que vc ate colocou como label hahaha
Eu to precisando de uma greve dessas pra voltar a forma, so assim...hahaha

Maurício Kanno disse...

realmente bacana estas super-greves q funcionam... deve ser interessante ver parar tudo... (êeee! bagunça!!!!)

mas sorte q nao to aí... deve ser difícil se locomover e fazer qq coisa tb nessa época, eheh

ao menos qdo tem greve de metro ou onibus em sao paulo, vira um caos!!! como está aí?

Xe