Inspirada no blog do meu amigo Iberê, (http://www.atitudeverde.com.br/), no qual ele trata do "dia mundial sem carro", vou enumerar algumas soluções encontradas por Paris para desestimular o carro na cidade:
1) São 14 linhas de metrô para 105 km2 de superficie (a cidade de Paris), contra "4" linhas de metrô para mais de 1.000 km2 de superficie em São Paulo*
2) Além de metrô, tem ainda os trens de periferia (RER) que são bem conectados com o centro. Por exemplo, para ir a uma perifeira a 30 km do centro de Paris, gastei 30 minutos em RER (sabendo que com todas as perifeiras, Paris tem mais de 2.000 km2 de superficie)*
3) As estações foram calculadas para ficarem a cerca de 400 metros uma das outras.
3) Em cada ponto de ônibus, tem um mapa que mostra o itineràrio de todos os ônibus da cidade. Em cada ponto, està escrito o numero do ônibus que passa por ali. Os ônibus são dotados de um painel eletrônico interno, que indica o nome da proxima parada e quanto tempo estamos da proxima parada e do ponto final. Em SP vocês sabem como é
4)O ônibus é silencioso e polui menos
5) A cidade é, em sua maior parte, plana. As calçadas são regulares.
6)A prefeitura instalou, nesse verão, 10 mil bicicletas de quase "livre serviço" em toda a cidade. Existem centenas de postos de velib, vc pega do lado da sua casa (na minha rua tem um posto, por exemplo) e deixa ao lado do trabalho ou da escola. SE chover à tarde, por exemplo, você não tem a obrigação de voltar com a bicicleta pra casa
7)Enquanto você caminha ou anda de bicicleta, a chance de morrer sufocado pela fumaça preta do caminhão é quase nula: os caminhões são quase inexistentes por aqui
8) No centro, a maioria dos prédios não tem garagem, e para alugar uma, custa cerca de 280 euros por mês
Et voilà, eis algumas razões porque é mais fàcil não ter carro por aqui. Enquanto São Paulo não investir massissamente no seu transporte publico, o dia mundial sem carro vai continuar sendo dia mundial sem carro na garagem.
*Dados da superfecie extraidos do wikipédia, a confirmar posteriormente
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
Mais um pouco do sudoeste da França
terça-feira, 25 de setembro de 2007
Esse jornalismo que nao me larga
Vim para França "fugindo" do jornalismo. Escolhi um mestrado que não tem nada a ver com o que eu estudei na graduação. E eis que me encontro novamente discutindo, diariamente, sobre o futuro da imprensa, o desafio digital, a imprensa e a politica.... Hoje tive que fazer um exposé respondendo a questão: somos todos jornalistas?
Que sina. Explico: os meus colegas estrangeiros do curso de metodologia que estou seguindo escolheram o tema "imprensa" para tratarmos por duas semanas. Claro que aprendo coisas interessantes sobre a imprensa francesa, mas não vejo a hora de tratar das grandes questões internacionais...
Que sina. Explico: os meus colegas estrangeiros do curso de metodologia que estou seguindo escolheram o tema "imprensa" para tratarmos por duas semanas. Claro que aprendo coisas interessantes sobre a imprensa francesa, mas não vejo a hora de tratar das grandes questões internacionais...
sexta-feira, 21 de setembro de 2007
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
La vie des autres
Aproveitando a semana da "reentrada ao cinema", onde a cada entreda ou meia-entrada comprada, a segunda custa um euro, fui assistir um dos melhores filmes que vi recentemente: "La vie des autres" (o que em português pode dar "a vida dos outros" ou uma bizarrice qualquer). Queria assistir esse filme desde o ano passado, mas ele nunca estreou no Brasil, apesar de aqui jà estar em DVD. Se não me engano, o filme ganhou o oscar de melhor estrangeiro do ano passado. Mas pode ser que eu me engane.
Não nasci para ser critica de cinema, nem tenho essa pretensão, mas quem puder assiti-lo, não perca. é um dos filmes mais bonitos e humanistas que jà vi. Um filme alemão sobre a vida na alemanha oriental durante o comunismo, mas não so isso. Vale a pena por cada minuto assistido. Perfeito.
Não nasci para ser critica de cinema, nem tenho essa pretensão, mas quem puder assiti-lo, não perca. é um dos filmes mais bonitos e humanistas que jà vi. Um filme alemão sobre a vida na alemanha oriental durante o comunismo, mas não so isso. Vale a pena por cada minuto assistido. Perfeito.
domingo, 16 de setembro de 2007
Hora do lanche
Além da mundialmente conhecida cozinha francesa, estou extremamente feliz de descobrir que Paris oferece praticamente todas as culinàrias do mundo. Explico o por quê. Quando eu morava em Siena, so existiam três categorias de comida: a italiana, a chinesa (que era em geral suja) e o kebab (que era em geral sujo). Mesmo em Roma, o esquema era mais ou menos esse.
Na Itàlia, existe um certo protecionismo gastrônimico, que existe em parte tambèm aqui na França, mas não em Paris.
Temia que a chamada "comida étnica" representasse, na realidade, comida suja. Mas me enganei. Ontem, por exemplo, almocei num restaurante tailandês lindo e refinado, cuja formule midi (entrada + prato+ sobremesa + àgua) custava 10,90 euros!!!
No jantar, comemos um sanduiche de falafel (bolinhas de grão de bico fritas, com repolho, tomate, pepino, beringela no pão pita) na rua judia de Paris, apesar de o que eu comi ontem ter sido feito por libaneses, jà que era sàbado (sabath).
Por todos os lados abundam restaurantes japoneses (que em geral são feitos por chineses, mas suficiente para matar a saudades dos de SP), libaneses (tem até esfiha), cubano, curdo (!!!) indianos, e por ai vai a lista...
Enfim, um dos grandes problemas na minha vida de Siena està totalmente resolvido por aqui.
Na Itàlia, existe um certo protecionismo gastrônimico, que existe em parte tambèm aqui na França, mas não em Paris.
Temia que a chamada "comida étnica" representasse, na realidade, comida suja. Mas me enganei. Ontem, por exemplo, almocei num restaurante tailandês lindo e refinado, cuja formule midi (entrada + prato+ sobremesa + àgua) custava 10,90 euros!!!
No jantar, comemos um sanduiche de falafel (bolinhas de grão de bico fritas, com repolho, tomate, pepino, beringela no pão pita) na rua judia de Paris, apesar de o que eu comi ontem ter sido feito por libaneses, jà que era sàbado (sabath).
Por todos os lados abundam restaurantes japoneses (que em geral são feitos por chineses, mas suficiente para matar a saudades dos de SP), libaneses (tem até esfiha), cubano, curdo (!!!) indianos, e por ai vai a lista...
Enfim, um dos grandes problemas na minha vida de Siena està totalmente resolvido por aqui.
sábado, 15 de setembro de 2007
Sobre os cachorros franceses
esse cachorrinho simpàtico ai do lado, que é pequinininho, adaptado aos aps de 20 metros quadrados daqui, mas cheio de personalidade.
Aqui, os animais têm muito mais vez do que no Brasil: eles estão pelo metrô e mesmo nos trens de alta velocidade (de Bordeaux para cà em TGV, nosso vizinho era um labrador imenso, velhinho. De Paris a Bordeaux, era um poodle mais velhinho ainda, asmàtico e com a pior tosse que eu jà ouvi de qualduer ser vivo). Aliàs, essa é outra diferença. Acho que o envelhecimento da população aqui atingiu até os cachorros!!
quinta-feira, 13 de setembro de 2007
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
domingo, 9 de setembro de 2007
sábado, 8 de setembro de 2007
à francesa
Essa me lembrou das reunioes de pauta do caderno Mundo da Folha, quando alguém disse que os franceses se importavam muito mais com o sequestro de Ingrid Betancourt que os proprios colombianos. Eis a prova: em La Brède, uma cidade perto de Bordeaux, onde alias nasceu e viveu Montesquieu, encontrei essa faixa lembrando do sequestro da franco-colombiana pelas Farc.
"Venha aprender a tricotar no café Reno. Emprestamos linhas e agulhas" (Bordeaux)
Carro dos noivos em Penne Agenais, na Aquitânia
Carregando uma baguete em Bordeaux
Numa tarde de agosto, sob o sol escaldante de mais de 40 graus, crianças e nao tao crianças assim se refrescam num espelho d'agua instalado pela prfeitura de Bordeaux entre o rio Garrone e a Praça da Bolsa
Começando pelo meio
Minha intençao era começar esse blog pelo começo, ou seja, pela Espanha. Como a revelaçao das minhas fotos na Fnac do Les Halles ainda nao ficaram prontas (sim, eu sou a unica pessoa na terra que ainda usa filme e nao vejo a hora de comprar uma maquina reflex digital), vou começar pelo o que tenho diponivel: as fotos da casa dos pais do Numa, onde passei minha segunda semana na França e onde me encontro no momento.
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